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segunda-feira, 16 de março de 2009

A tremer e com a voz embargada, Fritzl contou que foi várias vezes agredido pela mãe durante a sua «duríssima infância» e que não tinha amigos.

«A minha mãe nunca me amou. Ela já tinha 42 anos (quando nasci). Ela maltratava-me», afirmou enquanto expunha à juíza Andrea Humer a sua condição de filho indesejado.

O réu também contou que, aos 12 anos de idade, começou a defender-se das agressões da mãe: «A partir desse momento virei um demónio para ela».

A mãe de Fritzl morreu após ficar enclausurada durante anos no piso superior da sua casa, cujas janelas foram tapadas para que não pudesse ver a luz do sol.

A relação do réu com a mãe veio à tona depois que parte do seu histórico psiquiátrico foi divulgado pela imprensa austríaca.

Durante o tratamento psiquiátrico, Fritzl confessou que tinha medo da mãe mais do que qualquer outra coisa, e que a odiava por chamá-lo de «diabo, inútil e criminoso» e porque o proibia de praticar desportos e ter amigos.

O tratamento fez notar a falta de piedade de Fritzl para com o sofrimento alheio e o uso das pessoas à sua volta em benefício próprio, algo decorrente da falta de carinho durante a infância.

Apesar de tais distorções na sua personalidade, os peritos estabeleceram que o réu está em pleno uso das suas faculdades mentais e pode ser julgado.

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