Quando vai às compras ao supermercado, Vanda Farinha faz tudo para comprar apenas produtos de marca branca. Antes de sair de casa procura pelos talões de desconto e se os produtos abrangidos por esses talões são aqueles de que precisa realmente.
Quanto às frutas e legumes, ela prefere ir aos fins-de-semana às feiras, praças ou mercados. "Serve de distração. Se for possivel ir a pé não se gasta dinheiro e ainda se consegue comprar bens essencias mais baratos", explica.
É nos mercados que compra a roupa para a filha, que entrou este ano para a escola. Recentemente levou para casa cinco camisolas de lã e cinco collants por um euro a peça. E um vestido por onze euros, que é "o preço de uma peça bem baratinha nas lojas mais baratinhas". Foi deste modo que a filha "ficou pronta para o Inverno".
Vanda só toma refeições em "locais bem baratinhos". Tenta levar almoço e lanche já feito de casa para o trabalho. "Se não houver microondas levo o termo. Se não houver local para almocar, o carro ou o jardim podem servir de alternativa", conta.
Repito: não se pode viver com o salário mínimo. É uma impossibilidade. A não ser que se tenha algum patrono.
Uma amiga minha trabalha no governo regional da Madeira, ganha 700 euros por mês. Não lhe chega ao meio do mês. O passe custa 35 euros e, depois de deduzidas a renda de casa, a água, a luz, o gás, a tv, o telefone, pouco mais lhe resta. Almoça sopa e pouco mais e mesmo assim é a filha que lhe paga.
Espanto-me como há gente que toma o pequeno-almoço fora. Uma sandes e um galão devem ficar por 3 euros. Ao fim do mês são quase 100 euros. E quem toma três bicas por dia, gasta ao fim dlo mês mais de 50 euros. E se se almoçar fora, mesmo que se gaste 4 euros por dia, são cerca de mais 100 euros/mês. Só nisto já vão 250 euros/mês. E o resto?

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