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sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

1947 palestina

Em 1947, a ONU aprova um plano de partilha da Palestina em dois estados: um judaico, com um milhão de habitantes, 510 mil dos quais árabes; um árabe, com 814 mil habitantes, 10 mil dos quais judeus.

Jerusalém, cidade santa para três religiões, ficaria com estatuto de cidade internacional. Segundo as estimativas da época, a população árabe da Palestina era de um milhão e 300 mil pessoas e a judaica rondava o meio milhão.

A 15 de Maio de 1948, David Ben Gurion proclama o nascimento do Estado de Israel. Com uma fronteira radicalmente diferente da aprovada pela ONU. Com um território um terço superior ao acordado. A "Grande Israel" estava em marcha. O Estado Palestiniano era um nado-morto. Até hoje!

No seguimento destes acontecimentos, a ONU aprova, em 1949, a Resolução 194, que decide permitir aos refugiados que o desejem o regresso às suas casas com direito a compensações pela destruição dos seus bens. Só que em 1948, David Ben Gurion, então primeiro-ministro, declarou: "Devemos impedir o seu regresso a qualquer preço". Hoje são mais de três milhões.
Na sequência da Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel ocupa o resto da Palestina (Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém-Leste). Ao arrepio da Resolução 242 do Conselho de Segurança da ONU, nesse mesmo Verão a colonização dos territórios ocupados começa com a construção de novos colonatos. Lucidamente, David Ben Gurion defende a não colonização, prevendo as consequências da transformação do seu país em potência ocupante. Hoje existem mais de 200 mil colonos instalados em colonatos nos territórios ocupados.

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